Conforme o empresário Aldo Vendramin, a busca por sustentabilidade e produtividade é um dos temas mais importantes para o futuro da agricultura no Brasil e no mundo. Em um cenário de aumento populacional e crescente demanda por alimentos, os produtores precisam encontrar formas de ampliar a produção sem comprometer os recursos naturais. Essa missão exige planejamento estratégico, investimentos em inovação e uma mentalidade voltada à preservação ambiental, que permita crescer de forma equilibrada e responsável.
Descubra como o agronegócio pode evoluir de forma inteligente e sustentável, unindo alta produtividade com a preservação ambiental para garantir um futuro próspero e equilibrado para as próximas gerações.

Como sustentabilidade e produtividade podem caminhar juntas no agro moderno?
Conciliar sustentabilidade e produtividade no campo depende da integração de inovação e práticas responsáveis. Para que esses objetivos avancem lado a lado, é essencial adotar técnicas que otimizem o uso dos recursos naturais, como irrigação inteligente, plantio direto e rotação de culturas. Essas estratégias reduzem desperdícios, preservam o solo e garantem melhores resultados no longo prazo.
Segundo Aldo Vendramin, o uso de tecnologias digitais tem sido um grande aliado nessa jornada. Softwares de gestão agrícola, sensores e drones permitem o monitoramento em tempo real das lavouras, identificando falhas e oportunidades de melhoria. Com base em dados precisos, os produtores podem tomar decisões mais assertivas, aumentando a produtividade enquanto minimizam os impactos ambientais.
Outro fator fundamental é a conscientização. É necessário que produtores, consumidores e governos compreendam que a sustentabilidade não deve ser vista como obstáculo, mas como um caminho seguro para o crescimento do setor. A educação ambiental e a valorização de produtos certificados criam um ciclo positivo, estimulando mercados mais conscientes e exigentes.
Quais são os principais desafios para atingir a sustentabilidade no agro?
Como aponta Aldo Vendramin, um dos maiores desafios está na dependência de práticas convencionais que, embora aumentem a produtividade, podem causar danos ambientais. O uso excessivo de defensivos químicos, por exemplo, compromete a biodiversidade, contamina o solo e os recursos hídricos. A transição para o uso de biofertilizantes e técnicas regenerativas exige planejamento, investimento e tempo de adaptação.
O acesso à tecnologia também é uma barreira importante. Pequenos e médios produtores muitas vezes não possuem recursos financeiros suficientes para implementar sistemas modernos de gestão ou adquirir equipamentos de alta precisão. Sem políticas de incentivo ou linhas de crédito acessíveis, muitos acabam excluídos do processo de modernização, aumentando a desigualdade no setor rural. Essa limitação compromete a competitividade e impede que avanços cheguem a todas as regiões do país.
Como o mercado pode incentivar práticas sustentáveis no campo?
Como destaca Aldo Vendramin, o mercado tem papel decisivo na promoção da sustentabilidade no agronegócio. A demanda por produtos certificados e ambientalmente responsáveis vem crescendo no Brasil e no exterior, incentivando produtores a adotarem práticas mais conscientes. Essa valorização aumenta a competitividade, abre portas para exportações e fortalece a imagem do país como fornecedor confiável de alimentos de qualidade.
Cadeias produtivas transparentes também são fundamentais para essa transformação. Sistemas de rastreabilidade permitem acompanhar todo o ciclo de produção, desde o plantio até a chegada do alimento ao consumidor. Essa visibilidade garante que os processos atendam a padrões de qualidade e sustentabilidade, gerando confiança e estimulando melhorias contínuas na produção.
Parcerias entre empresas, governos e organizações não governamentais podem potencializar esse movimento. Programas de incentivo, treinamentos e acesso facilitado a tecnologias criam um ambiente propício para a transformação do agro em um setor mais inovador, sustentável e produtivo, beneficiando toda a sociedade. Quando bem estruturadas, essas colaborações fortalecem a economia rural e ampliam as oportunidades para pequenos e grandes produtores.
Autor: Suzana Borocheviske