Conforme apresenta Aldo Vendramin, a mobilidade turística sustentável tornou-se desafio central para cidades que desejam crescer no mapa do turismo sem comprometer a qualidade de vida de quem mora e de quem visita. O equilíbrio está em planejar fluxos de pessoas antes de investir apenas em campanhas de promoção. Em destinos que se preparam, o turista circula com facilidade, entende a malha de transporte, encontra informações claras e não precisa disputar espaço de forma agressiva com o morador.
Assim, a experiência é positiva para todos e o turismo se consolida como fonte estável de renda. Ao mesmo tempo, mobilidade turística sustentável exige uma visão integrada de transporte, uso do solo e serviços públicos. Veja tudo sobre o tema a seguir:
Mobilidade turística sustentável como eixo do planejamento urbano
Mobilidade turística sustentável precisa estar no centro do planejamento urbano, e não em um anexo de curto prazo. De acordo com o empresário Aldo Vendramin, um erro comum é tratar o turismo como evento isolado, sem considerar como ônibus de excursão, carros de aplicativo e grupos a pé impactam o trânsito do dia a dia. Ao mapear previamente zonas de maior interesse, corredores de acesso, áreas residenciais e pontos de gargalo, o município consegue definir regras claras para estacionamento e circulação.

Ademais, a mobilidade turística sustentável depende de uma combinação inteligente entre transporte coletivo eficiente e soluções de micromobilidade. Linhas de ônibus estruturadas, integradas a ciclovias, VLT ou metrô, permitem que o visitante se desloque sem depender exclusivamente do automóvel. Ao mesmo tempo, sistemas de bicicletas e patinetes compartilhados, quando planejados com segurança, ajudam a distribuir o fluxo em trajetos de curta distância.
Gestão inteligente de fluxos de visitantes
Mobilidade turística sustentável requer gestão ativa de fluxos, especialmente em alta temporada e grandes eventos. Como destaca o fundador Aldo Vendramin, o simples aumento de oferta de transporte não resolve quando todos querem chegar ao mesmo lugar, pela mesma rota e no mesmo horário. Ferramentas de monitoramento, painéis em tempo real e campanhas de orientação ajudam a escalonar visitas, distribuir turistas ao longo do dia e sugerir caminhos alternativos.
Outro aspecto decisivo é a sinalização clara e amigável. Mobilidade turística sustentável só se concretiza quando o visitante consegue se orientar com facilidade, mesmo sem falar o idioma local. Placas padronizadas, mapas acessíveis, informações em múltiplos canais e integração com aplicativos de rota reduzem dúvidas e deslocamentos errados, que sobrecarregam o sistema viário. Ao facilitar o entendimento do território, a cidade diminui o tempo de permanência em trânsito.
Tecnologia e participação social
Mobilidade turística sustentável ganha força quando tecnologia e participação social caminham juntas. Segundo o senhor Aldo Vendramin, dados de bilhetagem eletrônica, sensores de tráfego e aplicativos de transporte são valiosos apenas quando transformados em decisões práticas. A análise desses dados permite revisar itinerários, ajustar frequências, identificar pontos de conflito entre pedestres, ciclistas e veículos e priorizar intervenções de maior impacto.
Paralelamente, mobilidade turística sustentável precisa ouvir moradores, empresários e trabalhadores do setor. Conselhos de turismo, audiências públicas e canais permanentes de diálogo ajudam a identificar problemas que não aparecem apenas nas estatísticas, como incômodo com ônibus em ruas estreitas ou conflitos de uso de calçadas. Quando a comunidade percebe que suas demandas são consideradas, cresce o apoio a medidas como restrição de veículos em áreas históricas.
Mobilidade turística sustentável como marca de destinos inteligentes
Em síntese, a mobilidade turística sustentável não é um luxo reservado a grandes centros, mas um requisito para qualquer município que queira crescer de forma equilibrada. Investir em planejamento, tecnologia, participação social e integração entre modais significa construir uma base sólida para o desenvolvimento econômico e social. Para Aldo Vendramin, quando o visitante se sente bem-vindo, se movimenta com facilidade e percebe respeito ao meio ambiente e ao morador, tende a voltar e a recomendar o destino.
Autor: Suzana Borocheviske