Conforme comenta o engenheiro e fundador da empresa Versa Engenharia Ambiental e EBS – Empresa Brasileira de Saneamento, Odair Jose Mannrich, comenta que as obras de esgotamento sanitário são pilares fundamentais para o equilíbrio ambiental e a proteção da saúde pública. Sistemas bem planejados de coleta, transporte e tratamento de esgoto contribuem diretamente para a segurança hídrica, evitando a contaminação de rios, lagos e lençóis freáticos, especialmente em áreas urbanizadas.
A engenharia voltada ao saneamento tem evoluído para incorporar soluções mais eficientes, sustentáveis e adaptáveis à realidade das cidades brasileiras. Com o crescimento populacional e a pressão sobre os recursos naturais, garantir o funcionamento adequado dessas estruturas deixou de ser um diferencial e passou a ser uma necessidade urgente para municípios de todos os portes.
A ausência de esgotamento e seus efeitos diretos
Sem uma infraestrutura adequada de esgotamento, o lançamento irregular de efluentes no ambiente torna-se comum, afetando diretamente a saúde da população e a qualidade da água disponível. Essa prática resulta na proliferação de doenças de veiculação hídrica, além de comprometer os ecossistemas aquáticos e reduzir a capacidade de abastecimento das regiões mais afetadas.
A expansão das redes de esgoto tem impacto direto na melhoria dos indicadores sanitários e ambientais. Quando acompanhadas de estações de tratamento modernas, essas obras asseguram que a água utilizada seja devolvida à natureza em condições adequadas, respeitando os padrões definidos pela legislação ambiental e pelos órgãos reguladores.
Tecnologias aplicadas ao tratamento eficiente do esgoto
De acordo com Odair Jose Mannrich, soluções tecnológicas vêm transformando a forma como o esgoto é tratado nas cidades. Sistemas compactos e modulares permitem que municípios de pequeno e médio porte adotem estruturas funcionais sem comprometer o orçamento. Além disso, tecnologias de lodo ativado, reatores anaeróbios e processos de membranas têm aumentado a eficiência do tratamento.
O reuso de efluentes tratados é outra tendência em ascensão, especialmente em regiões que enfrentam escassez hídrica. A água tratada pode ser utilizada em atividades não potáveis, como irrigação de áreas verdes, lavagem de ruas e processos industriais, reduzindo a pressão sobre mananciais e contribuindo para o uso racional dos recursos hídricos.

Planejamento urbano e integração com a engenharia ambiental
A efetividade das obras de esgotamento depende da integração entre o planejamento urbano e as diretrizes da engenharia ambiental. Projetos mal dimensionados, sem considerar o crescimento da população e as características locais, tendem a se tornar obsoletos em pouco tempo, exigindo investimentos constantes em correções e ampliações.
Odair Jose Mannrich ressalta que uma análise técnica detalhada é essencial para prever demandas futuras e otimizar os recursos disponíveis. Fatores como topografia, densidade habitacional, distância até o corpo receptor e viabilidade de operação influenciam diretamente na escolha da solução mais adequada. Um bom projeto alia eficiência técnica, viabilidade econômica e responsabilidade ambiental.
Participação social e valorização das obras públicas
Outro fator decisivo para o sucesso das obras de esgotamento sanitário é o engajamento da população. É necessário que a sociedade compreenda a importância de se conectar às redes públicas, respeitar as normas de uso e colaborar com o funcionamento do sistema. Para isso, ações de conscientização e campanhas de educação ambiental são fundamentais.
Segundo Odair Jose Mannrich, a valorização das obras públicas passa também pela transparência na gestão e pelo acompanhamento da execução. Projetos bem comunicados à sociedade geram maior aceitação, reduzem resistência à implantação e promovem o uso consciente da infraestrutura instalada. O resultado é um sistema mais eficiente, durável e sustentável.
Benefícios amplos para o meio ambiente e a economia
Além dos ganhos ambientais, o esgotamento sanitário traz benefícios econômicos consideráveis. A valorização de imóveis, a atração de investimentos e a redução dos custos com saúde pública são alguns exemplos do impacto positivo gerado por uma infraestrutura de saneamento adequada. O retorno desses investimentos pode ser percebido em diversas áreas da administração municipal.
Com base nessas evidências, Odair Jose Mannrich sugere que o avanço das obras de esgotamento deve ser tratado como prioridade estrutural pelos gestores públicos. O investimento contínuo em tecnologia, planejamento e capacitação técnica é o caminho para garantir cidades mais saudáveis, equilibradas e preparadas para os desafios ambientais do futuro.
Autor: Suzana Borocheviske