Ao considerar a realização de exames de imagem durante a gestação, muitas mulheres se perguntam sobre os riscos envolvidos. Segundo a Dra. Thaline Neves, médica especialista na área, a exposição à radiação ionizante pode representar um perigo real tanto para a gestante quanto para o feto em desenvolvimento. Compreender esses riscos é essencial para tomar decisões informadas e seguras durante o acompanhamento pré-natal.
Neste artigo, vamos explorar os principais riscos da radiação ionizante em exames de imagem, esclarecer dúvidas frequentes e apresentar alternativas seguras recomendadas por profissionais da saúde. Continue a leitura para se informar com responsabilidade.
O que é radiação ionizante e onde ela está presente nos exames de imagem?
A radiação ionizante é um tipo de energia liberada por átomos que pode penetrar tecidos humanos e alterar suas estruturas celulares. Ela está presente em exames como raio-X, tomografia computadorizada (TC) e cintilografia. Esses métodos diagnósticos são amplamente utilizados por sua eficácia na identificação de diversas condições clínicas. Contudo, conforme Dra. Thaline Neves explica, o uso dessa tecnologia exige cuidados especiais, principalmente em mulheres grávidas.
Os efeitos da radiação ionizante no feto variam conforme a dose, a frequência do exame e a fase da gestação. A exposição em níveis elevados pode causar malformações congênitas, retardo do crescimento intrauterino, problemas neurológicos e, em casos mais graves, aumentar o risco de câncer infantil. Embora a maioria dos exames de imagem utilize doses controladas e seguras, a prudência é fundamental, pois o feto é extremamente sensível aos efeitos da radiação.
Exames de imagem são sempre contraindicados durante a gravidez?
Nem todos os exames de imagem são contraindicados durante a gestação, mas é necessário cautela. Métodos como o ultrassom e a ressonância magnética (sem contraste) são considerados seguros e são amplamente recomendados durante a gravidez. Já exames que envolvem radiação ionizante devem ser evitados, a menos que sejam estritamente necessários e que não existam alternativas seguras.

Ao receber a indicação de um exame de imagem com radiação ionizante, a gestante deve informar imediatamente ao profissional de saúde sobre a gravidez ou a suspeita de gestação. Isso permite uma avaliação cuidadosa da real necessidade do exame e, se possível, a substituição por métodos seguros. Thaline Neves orienta, a comunicação clara entre paciente e equipe médica é essencial para evitar exposições desnecessárias.
É possível proteger mãe e bebê durante a investigação por imagem?
Entre os exames com maior potencial de risco durante a gestação estão a tomografia computadorizada de abdômen e pelve e exames com contraste radioativo. Essas modalidades expõem diretamente o útero à radiação, exigindo uma análise rigorosa do risco envolvido. Dra. Thaline Neves reforça que, nesses casos, é crucial buscar alternativas que não envolvam radiação ou adiar o exame até uma fase segura da gravidez, quando possível.
Em exposições de alta dose ou frequentes, a radiação ionizante pode impactar o desenvolvimento neurológico e aumentar o risco de distúrbios cognitivos ou doenças hematológicas na infância. No entanto, esse risco é extremamente reduzido quando os exames são utilizados com critérios técnicos e responsabilidade profissional. De acordo com Thaline Neves, o acompanhamento adequado e a personalização da conduta médica para cada gestante fazem toda a diferença na prevenção de possíveis complicações.
Por fim, a realização de exames de imagem durante a gestação deve ser sempre criteriosa. Embora a radiação ionizante represente um risco potencial ao desenvolvimento fetal, com informação adequada e orientação médica, é possível reduzir significativamente esses perigos. O segredo está no equilíbrio entre a necessidade diagnóstica e a proteção à saúde materno-fetal. Gestantes devem sempre buscar profissionais experientes e atualizados para conduzir seus cuidados com segurança.
Autor: Suzana Borocheviske